sexta-feira, 10 de julho de 2015

Sobre desamar...

Sobre desamar? Eu não sei.
Nem sei se essa palavra existe...
Eu conheço bem o que é amar
conheço bem todos os sabores e dessabores
mas, desamar eu não sei.
E, agora que você está falando queria saber mais sobre isso.
Não deve ser o momento mais entusiasmante ou feliz da vida de alguém,
afinal, é um ato de perda, o último momento em que se vive um amor, eu suponho,
 seu amor por alguém, o amor de alguém em você. O amor.
Soa triste... Mas, é estranhamente libertador, eu presumo.
Eu sempre fiz o caminho inverso.
Sempre foi sobre amar, sempre foram passos para o amor.
Sempre foi sobre o cara, o nós, e todas as consequências disso...
Sempre tão clichê quanto os romances que lemos e
que nos falam sobre a distância, os encontros e desencontros,
sobre o tempo e a sobrevivência, sobre superar mas,
nunca sobre o fim.
E então eu me vejo nesse desfecho e,
para minha surpresa não existem lágrimas.
Quem sabe um dia eu me ouça dizer:
Sobre desamar? Eu sei!
Desamei uma vez, e foi bom, afinal.
Talvez uma solidão necessária, do tipo que não machuca
ou faz querer voltar.
Uma versão própria de estar sozinha sem o drama ou as lágrimas.
Algo sobre recomeçar.

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