quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sarcásmo?

Talvez eu tenha problema em me expor,
mas e dai, estou apenas me preservando.
Talvez o problema seja de outra ordem
e eu não me convença fácil da falta de pretensão das pessoas.
ou talvez, como sou um tanto ingênua eu não
consigo separar bem o que devo ou não verbalizar.
Nesse caso, fico calada mesmo para não causar má impressão.
E se o problema for esse, isso me torna esperta?
De que maneira? É, eu também não sei!
Ou ainda, e essa tem a incrível chance de ser a mais aceita,
o meu problema em me expor é que quando eu optei por pensar,
defini logo de cara alguns princípios que podem ser classificados
como critérios de avaliação do outro.
- E isso é muito absurdo e presunçoso, fora do comum,
diga-se de passagem - mas quem falou em ser comum aqui?
Estou experimentando de um humor novo, mas que já gosto.
Estive por muito tempo falando em sentimentos,
e eu mal os conhecia, me estrepei por vezes por isso.
Mas agora, eu tô bem. Tendenciosamente feliz demais para sofrer.
E a minha cabeça pensa em mais coisas que eu possa processar,
então perco algumas boas ideias, linhas de raciocínio
das quais posso sentir falta, saudades até.
Mas guardo outras, essas são as mais bem vistas para mim.
E a propósito são também aquelas mais odiadas,
censuradas e sexualizadas pelos outros. E eu adoro ser do contra.
Talvez, se não fossemos racionais, eu daria um jeito de o ser.
E não dispenso meu lado animal, mas ele fica melhor na cama.
Junto com esse sorriso malicioso que posso me ver produzindo agora.
Sem espelhos.
Minha racionalidade agradece.
Sejam sempre bem vindos o cognitivo,
o científico, o racional, o crítico, o politizado,
o niilista e sem dúvida o mais promíscuo deles, o carnal.
Este acionado nas horas de distração,
nas horas em que posso me abster de pensar
e ainda sim, fazer disso uma troca de conhecimentos.

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