segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Neve

Fui solta nesse imenso lugar vazio,
abraçando todo meu sentimento contido,
eu choro, e as lágrimas se cristalizam.
Não havia percebido o quando é frio,
nem ao menos o quando é solitário,
antes de estar completamente só.

As mãos tocam o chão e o rosto o ar,
com os olhos para o céu
procurando um lugar, longe de mim.
E todos os dias parecem iguais,
só sombras que confundem os sinais,
E a eterna duvida que margeia o fim.

E de repente tudo vira branco,
só cores que se escondem no nada,
branco nessa ótica, nem parece todas as cores.
E de fato não é, nem de longe.

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